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Helicóptero apreendido com traficantes em MS foi usado na morte de líder do PCC

Um dos helicópteros usados pela quadrilha que atuava com tráfico de drogas na região do cone-sul do Estado, teria sido usado no assassinato de dois integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital), Rogério Jeremias de Simone, o “Gegê do Mangue”, e de Fabiano Alves de Sousa, o “Paca”, em fevereiro deste ano em Fortaleza.

“Dos sete helicópteros apreendidos, um deles (vermelho e preto) foi utilizado na morte de integrantes do PCC no Nordeste”, informou o chefe da Polícia Federal em Naviraí, delegado Nilson Zoccarato, que não deu mais detalhes.

O helicóptero Eurocopter, modelo EC130 B4, prefixo PR-YHB, foi apreendido nesta segunda-feira em uma área de mata de Fernandópolis, no interior de São Paulo.

A aeronave foi levada à Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas, da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará, para ser revisada.

Assassinato

“Gegê do Mangue”, 41 anos, apontado como um dos chefes do PCC e “Paca”, 38 anos, membro da facção, foram mortos em 16 de fevereiro deste ano em Aquiraz, alvos de emboscada na região Metropolitana de Fortaleza.

Os corpos estavam na área de uma reserva indígena. Na época ambos estavam foragidos da Justiça de São Paulo. Eles foram mortos com tiros no rosto e facada nos olhos.

Operação Laços de Família

A operação deflagrada pela Polícia Federal ‘Laços de Família’, em Mato Grosso do Sul e mais quatro estados nesta segunda-feira (25), prendeu um policial militar apontado como chefe da quadrilha, que atuava na região do cone-sul do Estado. O militar, que não teve o nome divulgado, seria dono de uma Ferrari, que custa mais de R$ 500 mil. Ele trabalhava em Eldorado e atuava junto à família em Mundo Novo.

Quinze integrantes da quadrilha foram presos durante a deflagração da operação no Estado. A base da quadrilha ficava em Mundo Novo, onde foram presas 13 pessoas. As outras duas prisões aconteceram em Naviraí e em Eldorado.

Entre os presos está uma mulher, que estava com tornozeleira eletrônica, e ajudava no financiamento e lavagem de dinheiro da organização que atuava de forma semelhante à máfia: os chefes da organização eram da mesma família e tinham estreita ligação com a facção PCC (Primeiro Comando da Capital).

Para impor medo e respeito aos adversários, o grupo praticava torturas em crimes violentos. A quadrilha era tão organizada que usava ao menos 10 empresas de fachada para lavar o dinheiro do narcotráfico.

Cerca de 210 policiais federais cumpriram 20 mandados de prisão preventiva, dois de prisão temporária, 35 de busca e apreensão, 136 de sequestro de veículos terrestres, 7 mandados de sequestros de aeronaves, 5 de embarcações de luxo e 25 de imóveis. Os estados em que são cumpridos os mandados São Paulo, Mato Grosso do Sul, Paraná, Goiás e Rio Grande do Norte.

Apreensões e prejuízo

A PF estima que, antes da operação, já tinha provocado um prejuízo de R$ 61 milhões à família com apreensões de drogas, joias, dinheiro e bens móveis e imóveis. Foram apreendidos R$ 310 mil para pagamentos de drogas, R$ 80 mil em joias, cinco embarcações, sendo quatro iates.

Desde 2016, quando as investigações começaram, foram apreendidas 27 toneladas de maconha, duas pistolas e duas camionetes.
A PF ainda não contabilizou as apreensões feitas durante a deflagração da operação.

Com informações da Agência Brasil

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