A sessão da Câmara Municipal de Dourados desta segunda-feira (2) foi praticamente tomada por pais de alunos que protestaram contra a municipalização da Escola Estadual Rotary Dr. Nelson de Araújo. Empunhando faixas e cartazes, os manifestantes gritaram palavras de ordem exigindo a presença da secretária estadual de educação Maria Cecília Amêndola da Motta.

Durante o espaço Tribuna Livre que é aberto à comunidade, o presidente da APM (Associação de Pais e Mestres), João Xavier de Campos Júnior  e o representante dos pais, Leandro Carlos Francisco, explicaram aos vereadores que a proposta do Governo do Estado é extremamente prejudicial à comunidade. Segundo eles, além de deixar alunos sem aulas, uma vez que a Prefeitura ainda não está totalmente comprometida com o processo e com a demanda que ele irá exigir.

Na avaliação do presidente da Câmara Municipal de Vereadores de Dourados, Alan Guedes (PSDB), há um entendimento entre os legisladores, que os trâmites precisam ficar bem claros. “Para que o assunto seja bem esclarecido é necessário estabelecer o diálogo entre as partes e que , principalmente os interlocutores do Governo do Estado, ouçam a comunidade”, disse Guedes.

Para o presidente da Comissão de Educação, Elias Ishi (PT), não existe outro caminho a ser tomado que não seja o entendimento. “Nem a secretaria Estadual de Educação está sendo clara nas suas intenções, nem a prefeitura de Dourados está totalmente a par do que essa mudança representa e o impacto que ela pode trazer para as famílias ”, comentou o vereador.

Pedestal

Por outro lado, na avaliação dos manifestantes, está faltando coragem dos representantes do Governo do Estado em explicar o que realmente irá acontecer. “A dona Maria Cecília fica lá no gabinete bem acomodada em seu pedestal e ignora o drama dos pais dos alunos que  estão sofrendo com a falta de perspectiva. Na verdade ela  está com medo  de vir aqui e encarar a realidade de frente”, pondera a educadora física Lindinéia Pegorari.

Ela  não esconde a preocupação com o futuro de seus dois filhos e também de outras crianças da comunidade escolar. “O que eles querem fazer  não é a municipalização e sim um abandono de um compromisso”, disse a educadora.

Durante a participação um debate realizado pela Câmara de Vereadores de Campo Grande,  a secretária Estadual de Educação, Maria Cecília Amendola da Motta defendeu a gestão estadual e as decisões de municipalização: “Gostaria de esclarecer as tomadas de decisões que a Secretaria faz e o porquê ela faz. A nossa missão é garantir a qualidade de ensino e aprendizado. Nós atendemos a população e quando tomamos uma atitude fazemos uma análise. Segundo dados, em 2008 famílias tinham em média seis filhos, hoje dados do o IBGE aponta que está caindo o número de natalidade de crianças por família”, explicou.

Fonte:Midia Max

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