O número de mortos após o terremoto de magnitude 7,5 seguido de tsunami na última sexta na ilha de Sulawesi, na Indonésia, subiu para 1.234, indicaram as autoridades locais nesta terça-feira (2). As buscas por sobreviventes prosseguem em Palu e em Donggala, as duas cidades mais atingidas pela tragédia.
O porta-voz da Agência Nacional de Gestão de Desastres (BNPB, sigla em indonésio), Sutopo Purwo Nugroho, afirmou, na capital Jacarta, que há 799 pessoas feridas gravemente internadas em vários hospitais. A catástrofe ainda deixou 59 mil deslocados.
O balanço de vítimas cresce à medida em que os socorristas avançam e começam a ter acesso às regiões mais remotas, como o bairro de Sigi Biromaru, a sudeste de Palu, cidade mais atingida pelos tremores e pelo tsunami de sexta-feira (28).
Nesta terça, socorristas localizaram os corpos de 34 estudantes de Teologia em uma igreja na ilha de Sulawesi, soterrada por um deslizamento de terra. No entanto, o porta-voz admitiu que ainda há áreas onde o acesso está difícil.
Por outro lado, os socorristas ainda conseguem resgatar pessoas com vida. O vídeo abaixo mostra o resgate de um homem de 38 anos que ficou preso nos escombros de um prédio comercial de Palu. De acordo com a agência Reuters, o resgate durou três horas.
“Existem alguns lugares que não conseguimos chegar. Em Donggala, por exemplo, há alguns bairros onde temos que enviar suprimentos por helicóptero”, disse o coronel Muhammad Thohir, do Exército indonésio.
Palu é a capital da província de Sulawesi, tem uma população de aproximadamente 350 mil pessoas, e é vizinha do distrito de Donggala, com 277 mil habitantes. Elas são as regiões consideradas as mais afetadas pelo terremoto e tsunami.
Dois terremotos – de magnitudes 5,9 e 6,0 – abalaram na manhã desta terça a região da ilha de Sumba, que fica a centenas de quilômetros de Palu, segundo o Instituto Geológico dos Estados Unidos (USGS). Até o momento não houve novos alertas de tsunami para a região.
O coronel afirmou que gasolina e água potável estão chegando à ilha, embora ainda de forma insuficiente para as necessidades de dezenas de milhares de vítimas que perderam tudo. Há registro de saques aos mercados locais e as pessoas têm retirado combustível por conta própria nos postos de gasolina.
Equipes também trabalham para restabelecer os serviços de energia elétrica e telecomunicações, além de reabrir as estradas.